segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O mundo em 140 caracteres


Bom dia, gente! A Veja desta semana traz, nas Páginas Amarelas, entrevista com o criador do Twitter, Biz Stone, que tem apenas 35 anos. Ele estará amanhã no Brasil, para participar do Encontro Agenda do Futuro, do Grupo TV1, em São Paulo. Confiram alguns pontos bacanas da entrevista:

VEJA - Barack Obama abusou do Twitter para mobilizar os eleitores e arrecadar fundos na campanha. Isso não torna as eleições mais superficiais?
BIZ STONE - A internet foi criada para dar a todos a possibilidade de obter e publicar informações. Essa troca livre e desimpedida é muito poderosa. O problema era a barreira técnica. Muita gente deixa de publicar na internet por desconhecer a linguagem técnica do meio. O Twitter reduziu essa barreira. O único requisito para publicar é saber digitar. Os políticos precisam estar conectados com seus eleitores. Como o Twitter permite a conexão direta, é natural que tenha se tornado uma ferramenta presente nas campanhas políticas. Não há nada de errado nisso. Quanto mais pessoas compartilharem informações, melhor para todos.

VEJA - Que mensagem (no Twitter) mais o comoveu?
BIZ STONE - No ano passado, um estudante da Universidade da Califórnia em Berkeley, James Buck, descobriu que jovens no Egito organizavam protestos usando seus contatos no Twitter. Ele viajou para o Egito para acompanhar uma manifestação e foi preso. Como os policiais não confiscaram seu celular, ele conseguiu "tuitar" uma única palavra: "Preso". Os amigos que sabiam onde ele estava contataram a embaixada americana. Pouco tempo depois, ele publicou: "Libertado". O episódio me abriu os olhos para um uso do serviço que eu não imaginava.

VEJA - Os investidores que deram dinheiro a vocês não pressionam para chegar a algum modelo que dê lucro?
BIZ STONE - Queremos inventar uma fórmula que não aborreça o usuário. Estamos trabalhando na criação de ferramentas desenvolvidas para empresas. Até o fim do ano, vamos ter contas específicas para empresas. O serviço terá uma fase inicial experimental. É daí que poderá vir o retorno para quem investiu em nossa ferramenta.

VEJA - A ideia de cobrar não pode assustar os usuários não comerciais?
BIZ STONE - Não. O Twitter continuará sendo gratuito para todos. Mas a empresa que quiser poderá ter acesso a ferramentas adicionais, que mostrem se uma mensagem específica fez sucesso ou não, que permitam análises ou a ajudem a ser mais atraente para o público que deseja alcançar. Além disso, haverá uma espécie de certificação de que aquele Twitter realmente pertence àquela empresa.

confiram a entrevista na íntegra no seguinte link: http://veja.abril.com.br/211009/mundo-140-caracteres-p-19.shtml

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