quarta-feira, 29 de julho de 2009

Em dois anos Corumbá terá 90% de esgoto e nem por isso tarifa vai aumentar

Estive ontem (28) em Corumbá, uma cidade histórica, que está tendo o seu desenvolvimento retomado, após entrar como uma exceção às regras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que em sua primeira parte contemplava apenas cidades com mais de 150 mil habitantes.

Corumbá não atendia a esta exigência inicial, mas nem por isso foi deixada de fora do PAC pelo Governo Federal, acolhendo a Cidade Branca, que recebeu investimentos para o esgotamento sanitário do município. Antes Corumbá tinha 0% de cobertura de esgoto, mas daqui a dois anos, com a conclusão das obras do PAC, a cidade terá 90 % de esgotamento sanitário.

Este tipo de investimento é muito importante para uma cidade turística como Corumbá, cravada no coração do Pantanal Sul-Mato-Grossense. A falta de esgoto em uma cidade tão importante quanto Corumbá reflete a falta de visão dos presidentes anteriores que administraram nosso País. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve essa visão e investiu em algo invisível, mas que é muito bom para a preservação do meio ambiente numa região tão preciosa como o Pantanal. Vale ressaltar que o esgotamento sanitário em Corumbá é resultado de investimentos federais, sem qualquer ajuda do Poder Executivo Estadual.

Mesmo com a conclusão de 90% da rede de esgoto em Corumbá em dois anos, não há qualquer previsão do aumento da tarifa, como acontece em Campo Grande com a concessionária Águas Guariroba. A Capital possui hoje 60% da cidade com cobertura de esgoto e a empresa que tem a concessão do serviço público quer cobrar 100% a mais sobre a tarifa de água. A Sanesul, que administra o serviço em Corumbá, cobrirá a cidade com 90% de esgoto e nem por isso vai cobrar 100% de contrapartida dos consumidores. Por isso estou questionando na Justiça esse aumento da tarifa. A medida é abusiva e lesa os usuários campo-grandenses. Estamos de olho e não permitiremos que isso aconteça.

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