quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Condeno a interdição das obras de ampliação da BR-262

Hoje (5) ocupei a Tribuna da Assembléia Legislativa para registrar a minha indignação e condenar a interdição das obras de ampliação e restauração da BR-262, entre Anastácio e Corumbá. O Governo Federal está investindo R$ 150 milhões na implantação de terceira via e acostamento na via e a referida obra foi embargada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) por falta de licenciamento ambiental.
Não podemos admitir isso, haja vista que o pedido de licenciamento ambiental foi feito há 60 dias, mas não houve qualquer manifestação do Ibama. Mato Grosso do Sul está desamparado, investimentos como esse são muito importantes para a região de Corumbá e não podem ser embargados dessa forma. Não podemos negar que existe uma preocupação ambiental por parte do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), já que o órgão chegou até a mudar o local do canteiro de obras para preservar o ninho de tuiuiús.
Durante meu discurso também abordei a questão da falta de critério para as obras de prédios públicos e conjuntos residenciais realizadas no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Não podemos aceitar que a unidade de conservação, onde ficam os poderes, fique totalmente descaracterizada como está atualmente.
Amanhã (5) vou discutir o assunto com o procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva. Meu objetivo principal é evitar a propagação de outras obras, já que as existentes estão em fase de conclusão e, infelizmente, nada mais pode ser feito.
Os referidos órgãos interditam uma obra que pode salvar vidas – como é o caso da BR-262 – e não tomam nenhuma medida contra outras, como é o caso dessas construções no Parque dos Poderes. É inadmissível que obras como essa da BR-262 sejam embargadas, enquanto outras estão sendo deixadas de lado e agredindo livremente o meio ambiente. Onde estão os órgãos competentes na hora de embargar obras como essas?
Eu conheço a obra que vem sendo realizada e sei que não existe nenhuma agressão ao meio ambiente.

Na verdade, o Ibama deveria dedicar a mesma preocupação às obras que vêm sendo realizadas no Parque dos Poderes, uma área de reserva ecológica, que está sofrendo um impacto ambiental muito grande. O fluxo de veículos e de pessoas na região vai aumentar, colocando em risco a fauna e a flora do Parque, que é uma reserva ambiental. O Parque está sendo transformado em área residencial, com impactos irrevogáveis e sem nenhum critério.

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