Neste segundo semestre vamos continuar acompanhando de perto a atuação da empresa ALL (América Latina Logística), que gere o Trem do Pantanal. Vamos ficar de olho nas ações da concessionária que continuar sem investir na estrutura da malha ferroviária do Estado, fato que tem prejudicado o deslocamento do Trem do Pantanal.
Idealizado no Governo de Zeca do PT, o Trem está circulando numa situação precária, prejudicando inclusive, a imagem do nosso Estado lá fora. Turistas saem daqui frustrados, ao viajar sem conforto nenhum num trem que anda em média a 18 quilômetros por hora.
O Trem leva 12 horas para fazer o percurso de Campo Grande a Miranda, se chegar a Corumbá vai levar 30 horas. Como pode ser um produto atrativo com essa demora. Esse tempo todo não é para contemplação, é porque não tem estrutura na malha ferroviária para viajar em um tempo mais rápido.
A responsabilidade de recuperar a malha ferroviária não é do Governo Federal e nem do Estado, é da ALL. A empresa não está fazendo favor, tem que cumprir o contrato de concessão.
Há um ano atrás, para ser mais exato em 12 de agosto de 2008, ingressei com uma ação popular no Ministério Público Federal (MPF) questionando a concessão da ferrovia de Mato Grosso do Sul à empresa ALL. Espero que a justiça obrigue a empresa a cumprir com sua obrigação, de recuperar a malha ferroviária do Estado, ou que suspenda a concessão.
Na verdade, a ALL só tem sugado o que ainda resta da ferrovia do Estado, sem nenhum investimento, apenas ganhando dinheiro explorando a atividade. Como exemplo podemos citar as empresas de mineração de Corumbá, que precisam da ferrovia para escoar a produção. Para isso, as empresas têm que pagar a manutenção da ferrovia, para poder utilizá-la. Sem logística de transporte não há crescimento do Estado. Se a ALL não quiser investir no Estado, que seja aberta licitação para novas empresas que tenham interesse em investir.
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