quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Lei que proíbe sacolas plásticas repercute em MS


Bom dia, sul-mato-grossenses. Hoje já colhi os primeiros dados da repercussão do Projeto de Lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas e quanto a isso tenho muito a falar. Durante o dia de ontem e hoje pela manhã acompanhei jornais, redes sociais como o Orkut (comunidade Campo Grande) e já constatei que, em geral, as pessoas estão aceitando bem o que poderá impor a lei, apesar de muita gente ainda não conseguir ver uma alternativa ou não acreditar que seja algo que vingue...

Outros ainda duvidam dos reais objetivos do projeto. Por isso senti necessidade de reforçar que os principais beneficiados com uma norma que proíba o uso indiscriminado de sacolas somos nós, a sociedade, nossos descendentes e o planeta como um todo.

O foco principal da Lei não é a simples proibição do uso de sacolas plásticas, mas sim a mudança de um hábito cultural que é cheio de péssimas implicações para as gerações futuras e para o meio ambiente. E para quem acredita que o uso de sacolas poluentes está enraizado no nosso país, saibam que os hábitos mudam, sim. Basta lembrar que, por exemplo, antes da Lei que obrigou o uso de cintos de segurança nos veículos, a maioria dos brasileiros dispensavam o uso deste mecanismo, que hoje salva muitas vidas. E olhem que foi uma lei de ação imediata.

A minha Lei dá um prazo de dois a três anos para que a sociedade sul-mato-grossense se adapte a uma nova realidade, mais limpa e consciente ecologicamente. Afinal, antes do “boom” das sacolas plásticas, as pessoas iam às compras e já levavam suas bolsas de lona para trazer as mercadorias, lembram disso?

A Lei também pede que, no caso de se utilizar sacolas, que estas sejam biodegradáveis. Ou seja: que se decomponham na natureza. As atuais sacolinhas de plástico demoram certa de 300 anos para sofrer decomposição, o que é muito tempo! E como o custo de reciclagem das mesmas é muito alto, elas sequer são alvos de coletores. Pelo contrário, se amontoam nos lixões e nas ruas e, por serem leves, são facilmente espalhadas pelo vento e, conforme pode ser visto no vídeo que disponibilizei no post anterior, também poluem rios e mares.

E ao contrário do que já alegaram, não é verdade que a Lei fará com que os donos de comércio economizem os custos com sacolas, uma vez que este valor já está embutido no valor dos produtos e quem paga – adivinhem só – somos nós, os consumidores! Não tem mistério, pessoal. É uma Lei que busca promover uma maior conscientização ambiental. É apenas um primeiro passo para que outras políticas, como coleta seletiva, reciclagem e educação ambiental nas escolas, possam acontecer com eficácia.

Neste caso, ninguém, absolutamente ninguém, sairá perdendo. O valor da (falsa) praticidade que uma sacola plástica proporciona é extremamente insignificante diante da melhoria ambiental que teremos assim que este hábito esteja incorporado na nossa sociedade. Claro que, para que tudo dê certo, conto com a aceitação de vocês. É mais um trabalho que é feito em equipe e que os beneficiados somos nós (não vou cansar de dizer isso!).

Aproveito para deixar aqui avisado que estou providenciando uma reunião com as pessoas que se interessem em discutir o tema. Para tanto, eu peço que vocês entrem em contato comigo pelo e-mail deputadopauloduarte@gmail.com, fornecendo nome, telefone, e-mail e outros canais de comunicação para que possamos entrar em contato assim que tivermos a data. Nós não podemos, em nome da nossa comodidade, prejudicar o planeta e as gerações futuras. Ninguém nos delegou o direito de degradar o meio ambiente. Conto com vocês nessa luta!

Em tempo: recomendo o link a seguir. É o blog da Campanha Saco é um saco, do ministério do Meio Ambiente:
http://blog.mma.gov.br/sacolasplasticas.

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